De acordo com dados da Associação Médica do Texas (EUA), divulgados por alguns veículos de comunicação, frequentar uma academia representa um risco alto de contaminação pelo novo coronavírus. Em condições normais, concordo com isso. Faz sentido crer que a aglomeração de pessoas, em um espaço reduzido e fechado, transpirando, lado a lado, dividindo aparelhos ou acessórios de ginástica, não dá nenhuma segurança em tempos de pandemia. Mas, espera aí: não estamos em um período normal. Acredito que nenhum gestor de academia seria louco de abrir as portas, funcionando da mesma forma de quatro meses atrás. Não seria louco e tampouco deixaria de cumprir os protocolos de segurança determinados pelos governos que comandam as ações de controle da pandemia. Portanto, não haverá mais aglomerações nas academias – existem aquelas que limitam o número de alunos por sessão de treino, por exemplo.
O que deve pesar na sua decisão de voltar ou não à academia é a sua conscientização do problema associado ao que a sua academia tem a oferecer em termos de segurança. Está ao seu alcance fazer o mínimo que se pede desde o início da pandemia: evitar aglomeração, usar máscara e higienizar as mãos. E essas coisas devem acompanhar você na academia. Em contrapartida, o seu local de treino deve fazer o que se espera dele. Nem que seja o mínimo exigido: garantir a higienização geral do ambiente e o distanciamento entre os alunos. Obviamente, algumas academias vão além disso. Ainda bem! Mas, se houver essa conjunção de medidas básicas – sua e da academia – a sensação de segurança pode ser maior do que a de andar na rua ou frequentar um supermercado.