“Não posso treinar por causa do meu braço machucado”. “Não posso treinar por conta da minha perna quebrada”. “Não posso treinar porque estou com tendinite”. “Não posso treinar porque tenho lombalgia”. Não posso treinar porque carrego um problema cardíaco”. Quem disse que você não pode treinar? Se você não estiver em coma ou imobilizado em uma cama, entre outras situações extremas, é óbvio que dá para fazer algum tipo de movimento, que, dependendo da característica, pode ser chamado de exercício físico. Ou seja, é perfeitamente possível treinar. O que pode existir são restrições – quanto ao exercício a ser executado, por exemplo. Se há respaldo ou consentimento médico – e a maioria dos profissionais da área de saúde entende que a atividade física é uma solução e raramente um problema – o bom senso pede um programa individualizado, elaborado de acordo com suas necessidades, levando em conta as limitações de seu corpo. Não é porque você não consegue andar, que tronco e braços devem ficar inativos, certo? Muito mais grave seria abraçar o sedentarismo, que provoca inúmeros problemas relacionados ao risco de morte. Mais: o que seria da fisioterapia se todo lesionado não pudesse se movimentar? Afinal, essa ciência parte do princípio de que a cura também pode vir do movimento. No mais, lembre-se dos atletas paralímpicos que também competirão em Tóquio: apesar de todos os obstáculos de diferentes níveis, é possível até colocar a atividade física como prioridade. Para muitos, isso significa estar vivo ou, se preferir, é uma motivação extra para que a vida continue tendo brilho.