Old school: o passado que motiva

15.07, Por Gerson Domingos Junior, coordenador de ginástica da academia Les Cinq Gym

Os efervescentes anos 80 e 90 estão de volta nas academias. Período que marcou o auge da ginástica coletiva no país, quando interação, transpiração, diversão e motivação eram os pilares do condicionamento físico. O revival do momento é esse: aulas pautadas na aeróbica, no street dance e no step. Cada professor monta uma coreografia, imprimindo a personalidade dele nas rotinas. Algo que se perdeu nos anos 2000, ao entrarmos na era das máquinas e dos acessórios de ginástica. Nessa fase, as aulas passaram a incorporar as pré-coreografias: algo reproduzido e não mais produzido. Tempo também dos treinos circuitados, sem a necessidade de trilha sonora para direcionar o movimento. O ritmo ficou restrito às aulas de dança. Em 2020, porém, com a pandemia, houve um despertar e uma clareza maior sobre a necessidade do exercício físico como instrumento de saúde e longevidade. Os treinos em casa ganharam força. Professores passaram a elaborar programas de treinamento sem a utilização de acessórios ou máquinas. Assim, voltaram as aulas “old school”, tais como a aeróbica, utilizando apenas o peso do corpo. Na retomada dos treinos em academias, no período pós pandemia, essa tendência sobreviveu, dando gás afetivo para o público acima de 40 anos e apresentando uma “nova” opção de treino para os jovens que não viveram a época áurea da ginástica. De todo modo, corpo e mente só têm a agradecer: esse tipo de aula “antiga” desafia, essencialmente, o condicionamento cardiorrespiratório, a resistência muscular, a coordenação motora e a memória (importante para decorar as coreografias, exigindo 100% de foco). Sucesso total com amplo benefício.

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