A vaidade estimula a vontade de construir um copo bacana. O que não pega bem é o exagero, a necessidade de querer ter um bíceps maior que o do amigo, por exemplo, e fazer questão de exibir o mesmo como se o mundo girasse em torno de você. Portanto, não tenha vergonha, depois de fazer alguns abdominais, de chegar, discretamente, perto do espelho da sala de musculação da academia e levantar a camiseta para ver se o exercício marcou a região. É essa mesma vaidade que nos leva a encarar a dieta, a sair da cama cedo para correr, a puxar ferro exaustivamente. Mas, o mínimo de prazer e quase nada de estresse, devem acompanhá-lo nessas horas. Como já escrevi em outra oportunidade, a competição é consigo mesmo. E também a jornada continua sendo saudável se a neurose não tomar conta da cena. Se, apesar de receber elogiosos de pessoas confiáveis e sinceras, você ainda estiver insatisfeito com o seu corpo, é provável que a visão do espelho não seja compatível com a realidade. Nesse sentido, todo cuidado é pouco, pois há doenças relacionadas à distorção da própria imagem. Fique atento a isso. E não é uma questão de ser exigente consigo mesmo. Afinal, a cobrança que temos conosco também pode ser algo que incentive a treinarmos. De qualquer forma, procure sempre ser generoso com você mesmo. Gostar daquilo que vemos no espelho, sem exageros ou afetações, é algo bacana. Sinal de que temos autoestima.