Sou suspeito para falar do corpo de Raissa Santana, Miss Brasil 2016, representante do país no Miss Universo, concurso realizado no domingo (29), em Manila, nas Filipinas. Suspeito porque cuidei da preparação física da brasileira para o certame e entendo que a nossa representante esteve impecável no desfile de biquíni, exibindo uma plástica perfeita para os padrões que considero ideais em uma mulher. Portanto, prefiro que você considere aqui, a opinião dos comentaristas da TV Bandeirantes e TNT, emissoras que transmitiram o concurso para o Brasil. Segundo eles, Raissa apresentou um dos corpos mais perfeitos do certame – se não, o melhor. Surpreendentemente, a brasileira não avançou do top 13 para o 9, justamente na prova de biquíni. Foi preterida, por exemplo, pela representante do Canadá, que, pela percepção de muitos, inclusive dos próprios comentaristas das emissoras citadas, estava fora dos padrões físicos para aquele tipo de certame. Seria mais ou menos como se a Gisele Bündchen avançasse na prova de biquíni em um concurso plus size. Trouxe esse exemplo à tona para questionar você, que entra em uma academia para melhorar o corpo. Afinal, que shape você pretende ter? Tirando os extremos perigosos – e isso vale para quase tudo na vida –, a magreza exagerada que compromete a saúde, e o excesso de peso, beirando a obesidade, que leva para o mesmo caminho, os demais padrões são aceitáveis. Ou seja, é preciso ficar no meio termo. Não vejo necessidade, por exemplo, em ter um corpo com abdômen tanquinho, se você não é candidato a mister ou miss fitness do pedaço. A minha receita é: corpo delineado sem exageros, que não exija que você seja um viciado em academia e dieta – exceto se você tem uma meta que pede rigor à mesa e aguente o tranco por um determinado período, como já postei em outra ocasião. Agora, o mais importante mesmo é você se sentir bem com o corpo que atenda, no mínimo, ao bom senso do que é saudável. Se a canadense do Miss Universo se sentiu bem com o corpo que exibiu, ponto para ela.