Na vida é assim: às vezes é preciso recuar para, então, avançar. Essa é a estratégia de pessoas inteligentes. Ou, se preferir, descer um degrau para poder subir dois, na sequência. No treino, a tendência é você evoluir gradativamente, até atingir o ápice da forma física, certo? Na musculação, por exemplo, você aumenta a carga à medida que ganha força e massa muscular. Mas tem momentos em que é preciso recuar, pensando na continuidade do processo de evolução. Você pode baixar a carga, caso aumente o número de repetições do exercício ou faça dois ou mais seguidos, ao adotar um novo estímulo, a fim de desafiar a musculatura. Ou mesmo quando sente necessidade de melhorar a execução do movimento. Sem contar aquela situação clássica: ao sofrer uma lesão, que, dependendo do caso, pode ser administrada sem que você tenha que ficar de molho em casa. É louvável, ainda, diminuir a intensidade do treino, qualquer que seja a atividade física, naqueles dias em que você não se sinta muito disposto – é preciso não sobrecarregar o corpo, evitando, assim, algo grave que possa prejudicar o seu roteiro rumo ao objetivo final. Para sentir o momento exato de recuar, preste atenção ao corpo, tendo em mente que nem mesmo os atletas são feitos de ferro. Na dúvida, se deve ou não fazer o treino habitual, dependendo da sensação do dia, peça orientação ao seu professor.