Acredito que você já deve ter ouvido alguma coisa sobre saúde mental e esporte. Isso ficou evidente nas Olimpíadas de Tóquio, disputada em 2021, quando a super campeã da ginástica artística, a americana Simone Biles, favorita a várias medalhas, desistiu da competição, alegando estresse emocional. A cobrança por resultados, dela mesma, diga-se de passagem, a deixou em uma situação desconfortável, sem prazer em fazer aquilo que ela tanto gosta e que tinha totais condições de realizar com sucesso. Biles não precisava provar nada a ninguém, já que nas Olimpíadas anteriores, no Rio, em 2016, ela já tinha sido a grande estrela da competição. Saiu do Brasil carregada de ouros e louros. Nenhuma atleta do mundo ganhou mais medalhas nesse esporte do que ela, inclusive em mundiais. Mesmo assim, não estava feliz. E não é frescura. A falta de condições emocionais para a prática esportiva pode levar a algo ainda pior como a uma grave lesão. Biles, na verdade, foi forte para dar um basta e preservar também o corpo dela. O que isso tem a ver você? Oras, não é legal praticar nenhuma atividade física sob pressão. Portanto, cuidado com as cobranças que você coloca sobre si mesmo, como ter que emagrecer, ganhar massa muscular, ser o melhor corredor ou tenista da turma, por exemplo. Mesmo não sendo um atleta profissional. Lembre-se que metas são louváveis e servem de incentivo para melhorarmos o nosso desempenho em uma academia. Mas, quando a coisa descamba para ansiedade sem fim, para o estresse e para a total falta de prazer, está na hora de reavaliarmos a situação. E, talvez, procurar a ajuda de um especialista em saúde mental, caso isso esteja afetando nossas vidas em todos os sentidos. É o tal negócio: o corpo só vai ficar legal, por mais esforçado que você seja, se a mente sã estiver no comando.